
Um dia marcante, significativo! Um dia num tempo formidável!
Muitos amigos estiveram comigo, outros se manifestaram estando distantes. Todos estreitos nos votos formidáveis... O que buscamos é o acordo das mentes!
E quando ao ato de reflexão tem lugar na mente, quando nos olhamos à luz do pensamento, descobrimos que nossa vida esteve, pela participação dos amigos e queridos, envolta em beleza.
Então, cercado que fora, de maravilhosas inteligências, personalidades repletas de querer e saber, o que nos convém é a alegria, a coragem, o esforço para realizarmos as nossas esperanças. E tais esperanças se realizaram com todos presentes, trazendo ao seu modo o presente!
É certo que a nossa melhor obra é a nossa própria vida! Construímo-la sobre alicerces resultantes dessa beleza interior. Recatada e silenciosa, nunca aspirando a que acenda ao nosso redor a candelária do triunfo exterior. Nossos triunfos residem nestes atos e manifestações.
Por tais meus agradecimentos e, bem por tais me fiz feliz! E nessa intensa felicidade alguns me perguntaram... Quantos anos eu tenho? Lembrei-me de José Saramago que declinou:
Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo. Tenho os anos em que os sonhos começam trocar carinhos com os dedos e as ilusões se transformam em esperança. Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama louca, ansiosa para se consumir no fogo de uma paixão desejada. E em outras, uma corrente de paz, como um entardecer na praia, na enseada.
Quantos anos eu tenho? Não preciso de números para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho, ao ver meus sonhos destruídos... Valem muito mais que isso, esses descaminhos.
Não importa se faço vinte, quarenta ou sessenta e cinco! O que importa é a idade que eu sinto. Tenho os anos de que preciso para viver livre e sem medos e receios. Para seguir sem medo pelo caminho, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.
Quantos anos eu tenho? Isso não importa a ninguém! Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e sinto, aquém.
Roberto Costa Ferreira, 05Ago2016.